Saiba em que creem o arminianos através deles mesmos.
O que é o livre-arbítrio? Que respostas dão os defensores da doutrina de Jacobus Arminius aos Calvinistas? O que dizem sobre a Expiação Limitada versus Expiação Ilimitada?

Todos estes e outros assuntos são abordados no site Os Arminianos de modo direto, dando aos interessados em geral uma oportunidade de conhecer a doutrina arminiana de dentro.

Não estamos aqui defendendo ou atacando quem crer nos ensinos de Arminius. Este blog não tem este objetivo. Cremos, inclusive, que o que deve permanecer como base de fé de um verdadeiro estudante de teologia não é nem o calvinismo nem o arminianismo.

Porém, se você não tem convicções sólidas a respeito do modus operandi de Deus no processo de salvação do pecador, com certeza muito de sua pregação, ensino, fé pessoal, interpretação bíblica em geral se converterá em uma cosmovisão nebulosa. Compare tudo. Pesquise na Palavra. Leia autores consagrados de ambas as posições. É isso que faz um estudante ou um investigador atencioso, que deseja um conhecimento das Escrituras sem bitolas moldadas pela história ou por historiadores.

EXEMPLO DE UM DOS ARTIGOS DO SITE OS ARMINIANOS


A Seqüência dos Decretos Divinos

Um dos problemas básicos com esta análise é a forma como ela foi estruturada, ou
seja, sobre a suposição de que existe uma ordem nos decretos de Deus. Em vista dos
atributos divinos, uma coisa é clara: independentemente da ordem que possa haver nas
decisões divinas, ela não é cronológica, já que um Ser eterno não está preso a seqüências
cronológicas. Deus é, simultaneamente, simples e eterno e, como tal, Ele não pensa ou
age de maneira sequencial.

Não Existe uma Ordem Cronológica nos Decretos Divinos
Por ser eterno (não-temporal), Deus não possui qualquer relação de tempo na
sequência dos seus pensamentos ou das suas decisões. Independentemente do que Ele
pense ou das ações que tome, Ele pensou nelas e as colocou em prática de maneira
simultânea, a partir da eternidade como um todo.

Não Existe uma Ordem Lógica nos Decretos Divinos
Mas será que não existe, pelo menos, uma ordem lógica nos decretos divinos?
Não do ponto de vista dele. Deus não pensa de maneira sequencial (isto é, de maneira
discursiva, com uma ideia seguindo a outra). Ele conhece todas as coisas imediatamente
e intuitivamente em Si mesmo, já que Ele é simples, eterno e imutável em seu Ser. E
como tal, tudo o que Ele conhece e decide é conhecido e executado de maneira imediata
e intuitiva, a partir da eternidade como um todo.

Existe uma Ordem Operacional nos Decretos Divinos
E claro que existe uma ordem operacional na execução dos decretos de Deus. Deus
desejou eternamente que as coisas acontecessem em uma determinada sequência
temporal (uma após a outra), da mesma forma que um médico deseja, antecipadamente,
a cura do paciente ao prescrever-lhe, por exemplo, a ingestão de um comprimido por
aí, pelo prazo de uma semana. Desse modo, Deus desejou, por exemplo, que a criação
j corresse antes da Queda, e que a salvação fosse proporcionada depois dela.
Não faz sentido falar de uma ordem lógica na m ente de Deus, como se ele tivesse um
pensamento sequencial a outro. Todos os pensamentos são conhecidos por Deus em
-m a “co-intuição” eterna. Na qualidade de Ser simples, Deus conhece todas as coisas de
forma simples, motivo pelo qual a Bíblia fala de eleição como sendo “segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5; cf. 1 Pe 1.2) e não baseada em outros atributos, tampouco independente
-eles. Se fosse assim, haveria uma sequência lógica contraditória em um Deus que não
apresenta multiplicidade, nem mesmo nos seus pensamentos.

Os Resultados dos Decretos Divinos

Os resultados dos decretos salvíficos de Deus são duplos: eles proporcionam salvação
para todos e aplicam a salvação àqueles que creem.

A Salvação É Proporcionada a todos
A Bíblia é clara e enfática: o desejo de Deus é que todos sejam salvos e, por isso, ele
disponibilizou a salvação para toda a humanidade. “Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação
de vida. (Rm 5.18)
“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por
todos, logo, todos morreram” (2 Co 5.14). “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co5.19). Deus “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). “Pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1 Tm 4.10). “Porque a. graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (T t 2.11). “Aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9).
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).
Desde toda a eternidade, portanto, Deus desejou proporcionar a salvação a toda
a humanidade. Dessa forma, Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo” (Ap 13.8; cf. Ef 1.4).

A Salvação É Aplicada aos que Crêem
Entretanto, apesar da salvação ter sido proporcionada a todos, ela somente se aplica
àqueles que creem. Algumas pessoas fazem a seguinte pergunta: “A quem se destinou a
expiação?” Os calvinistas firmes respondem responderiam com um “por que”, se a expiação
foi direcionada a todos, todos não são salvos. E como a intenção de um Deus soberano
poderia ser frustrada?
Se, como argumenta um calvinista firme, a expiação foi direcionada somente a
algumas pessoas (os eleitos), concluímos que ela é, portanto, limitada. Isto nos leva ao
aparente dilema de que (1) ou a expiação foi direcionada a todos ou (2) ela foi direcionada
somente a um grupo (o dos eleitos).15 Se a intenção foi que ela abarcasse a todos, então
todos serão salvos (já que as intenções soberanas de Deus não podem ser frustradas), e
se ela não abarcasse todos, ela, logicamente, foi direcionada somente a algumas pessoas
(os eleitos). Portanto, aparentemente, ficamos com duas opções: ou o “Universalismo”
é verdadeiro ou o é a “expiação limitada” (vide Sproul, CG, 205).
E claro que, tanto os calvinistas moderados, quanto os arminianos tradicionais
negam o “Universalismo.” Assim, em resposta ao suposto problema, basta apontarmos
que este argumento contém um falso dilema. Existe uma terceira alternativa: a expiação
teve a intenção de proporcionar (oferecer) a salvação para todos, bem como aplicar a salvação
a todos os que crerem.
Em suma, o problema é uma falsa dicotomia, a qual assume, erroneamente, que (1)
houve somente uma intenção na expiação, ou (2) que o propósito único da expiação foi
aplicar a salvação aos eleitos. Na verdade, como Deus também queria que todos viessem a crer, Ele também teve intenção de que Cristo morresse para proporcionar a salvação a todas as pessoas. A alternativa — da expiação limitada — leva à negação de que Deus verdadeiramente queria que todas as pessoas fossem salvas — uma concepção que contraria a sua onibenevolência, tal qual esta é revelada nas páginas das Sagradas Escrituras.
A salvação, portanto, foi proporcionada a todos, mas se aplica somente àqueles que
crêem. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de
Deus” (Ef2.8). “A justiça de Deus pela f é em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem”
: Rm 3.22). Como também já estudamos, nós somos “justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé
no seu sangue” (Rm 3.24,25).
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática Vol.2. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2010, p.161-163

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